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Programa  1 - Bloco 2

JUJU MEDEIROS: Voltei, amores. Estavam com saudades da gata predileta de vocês já? Agora é a hora do quadro mais esperado desse programa: o Unhadas e Arranhões, no qual eu critico semanalmente tramas do TVN, com muito humor, veneno e sinceridade. Acompanhe!

Um dia de cada vez, ou seria, Um testamento de cada vez?

 

Miau! Nesse clima olímpico, vou começar minha crítica de estreia do meu programa solo com uma música da Rainha Xuxa Karol Conká, que lacrou muito na abertura das Olimpíadas, ao lado de MC Sofia, sua cópia mirim. Essa música que eu selecionei tem tudo a ver comigo, porque, comigo é assim: ‘‘já que é pra tombar, tombei’’.

‘Depois que o alarme tocar
Não adianta fugir
Vai ter que se misturar
Ou, se bater de frente, perigo é cair

Já que é pra tombar
Tombei
Bang bang’’

 

Vamos começar a tombar? Então, como já falei, depois de tanto implorar, consegui meu programa solo e quis manter nele o quadro de críticas, que fez os meus chefes me darem esse programa, além, claro, daquele dinheirinho por fora.  A trama de hoje é Um dia de cada vez, que eu decidi chamar de Um testamento de cada vez. O motivo desse apelido ainda vai ser explicado.
Pra começo de conversa, entrei no site
pobre do TVN para conhecer mais da trama, porém só encontrei um breve trecho falando da web, ou seja, nem sinopse encontrei. Também não tinha lá o elenco nem perfil dos personagens. Na próxima vez, não vou nem fazer crítica. #Revolucionária #CanseiDeFolgaDosPatrões Ah, e tem mais: pelo que eu sei, a trama é de Matheus Riccaz, mas no Wix, está que é de Welton Salles (quem é esse?). Agora faço questão de reproduzir aqui o trecho presente no site sobre Um dia:

‘‘A história gira em torno de um golpe dado por Ivan em Lidiane. Os desdobramentos disso, o filho que os une e a vontade de vingança. Além disso, muito humor, alegria e romances solares, daqueles que todos adoram.’’

Viram? Realmente, o que eu posso falar da trama em si tendo isso como base. Bem, NADA. Então, o que me restou foi pedir demissão e implorar emprego pra Zih ir direto para os capítulos. Abri o primeiro capítulo e só pensei: Santa Gata do Céu, me proteja e me abençoe para ler esse testamento até o final. Foi nesse momento que eu pensei no título da minha crítica de hoje. Já comecei a ler e me perdi. Como são os personagens? Eles são altos, baixos, gordos, magros, negros, brancos, ruivos, loiros? Como o público fica sabendo disso já que não temos o elenco, muito menos as descrições no capítulo, algo de suma importância em roteiros? #AiAiAi Outro trecho que me causou confusão foi a cena 3 do capítulo 1. Essa história de animação, com as identidades caindo, mesmo me deixando tonta que nem barata quando tacam SBP nela, ajudou a entender que Ivan é um safado que fica aplicando golpe nos outros, usando várias identidades. Uma coisa que eu não entendi é a estruturação dos diálogos. Depois do nome dos personagens, há um dois pontos e ainda um travessão. Travessão no roteiro? Não entendi.

Como esse capítulo é gigantesco, resolvi ir lendo sem comentar muito e deixar meus comentários para o final desse parágrafo. Foram dias lendo esse capítulo. Sério, se você não leu esse capítulo, por favor não leia e não veja o seu tamanho. Achei o capítulo bem construído, mas todo esse desenvolvimento foi um tanto que desnecessário, pois algumas cenas poderiam ter sido colocadas no segundo capítulo, e deslocando as do segundo para o terceiro e assim sucessivamente. Fiquei rosa chiclete com erros extremamente bobos de vírgula MUITOOOOOOO frequentes no texto. Querem que eu dê aula de pontuação? Tia Juju explica: para separar aposto (termo explicativo) e vocativo (‘‘chamamento’’), COLOQUE a maldita vírgula. Eis alguns exemplos, do capítulo 1:

‘‘Ivan o noivo está de pé no altar esperando sua noiva.’’

‘‘Tem certeza de que você quer viajar meu amor?’’

 

Resisti a esse capítulo e fiquei com uma dúvida na minha mente de gata: geralmente, os autores fazem o primeiro capítulo bombástico para atrair os leitores. No caso de Um testamento de cada vez, o que o autor quer atrair? Alma penada?

Parti para o segundo e fiquei assustada com a criatividade do autor. Justem é um nome de pessoa! Querido, me desculpe se você tiver parente com esse nome, mas aqui no mundo animal isso não é comum. Mais um testamento veio, repetindo os mesmos erros de falta de descrição e a pontuação, porém esse trouxe um final muito bom, com um gancho bem interessante.

Fui forte e li os outros capítulos da trama, totalizando 8. Estou viva, irmãos! Outro errinho que notei foi a falta de conhecimento e técnica do autor em cenas envolvendo telefone, como a cena 10, do capítulo 4. Não há nenhuma indicação de divisão de tela, nem de voice over (V.O.). Como vamos saber o que está acontecendo? Deveria ser pelo roteiro, mas parece que não vai ser dessa vez.

Como pontos positivos da trama, encontro a agilidade da mesma, a expressão do sentimento de vingança de Lidiane, após ser enganada por Ivan, além de várias cenas em praias, como já esperado de uma trama que se passa na Bahia.

Mandaram eu ser sucinta, então serei: Um testamento de cada vez conta com os ingredientes certos para o sucesso, como uma trama forte, humor, barraco (ADORO), ódio, discussões, mas peca por itens mais bobos, como falta de domínio da técnica de roteiro e das regras de pontuação, o que mais me incomodou, falta de descrição dos personagens, além, claro, dos problemas ligados à direção da trama, que errou no nome do autor, no Wix, colocou a abertura de Amor Bandido, não colocou o elenco,... Enfim, como a minha nota é para a trama, focando no texto, que é o que compete ao autor (não que não seja tarefa dele cobrar da equipe do site), dou nota 7,5 para a trama e espero, realmente, que o autor corrija esses erros para nos presentear com um novelão.

 

JUJU: Semana que vem tem mais um programa imperdível. Miau!

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