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Programa  2 - Bloco 2

JUJU MEDEIROS: Voltei, amores. Já estava morrendo de saudades. Agora é a hora da crítica da semana. Segunda feira estreou Amores Desmedidos, de Fábio Magnoni, a nova trama das 18h. Vamos conferir a crítica que eu preparei?!

Amores Desmedidos, ou seria, Erros Desmedidos?

 

Miau! Hoje é mais um dia de crítica aqui no ‘‘Unhadas e Arranhões’’. Estão preparados? Acho que não, então vamos começar aquecendo o corpo, com uma música bem animada. Hoje eu estou funkeira. Eu só faria duas pequenas alterações nessa música e por isso, deixei-as destacadas.

‘‘Vou desafiar você

Você diz que sabe dançar lacrar

Você diz que sabe mexer escrever

Vai ter que me provar

Eu vou pagar pra ver

Você diz que não se cansa’’

 

Ficou ótimo assim, não acham? Vamos parar de enrolação e vamos direto pra crítica de hoje. Na última segunda, estreou a trama Amores Desmedidos, escrita por Fábio Magnoni (quem é esse?) e supervisionada por João Carvalho, meu querido chefinho. Batizei a trama de Erros Demitidos e nem vou precisar explicar muito esse título.

Fui ao site da trama para ler a sinopse e ver o elenco e novamente não publicaram o elenco, mesmo depois das minhas críticas na última edição desse quadro. Enfim, a novela fala sobre Antônio, dono de uma enorme multinacional de relógios. Antônio tem uma filha, Tereza, que se interessa pela Biologia e tem como mãe Beatriz, a vilã da trama. Beatriz fica louca pois percebe que Antônio pode deixar toda a herança e o cargo na presidência da empresa pra Henri, sobrinho deles, que sempre foi tratado por Antônio como filho. E sabe o que acontece, meus gatinhos? Henri e Tereza se apaixonam. O famoso clichê de paixão de primos se repete mais uma vez. Essa foi basicamente a sinopse. Parti para os capítulos!

O primeiro capítulo se inicia com três takes e imagens da cidade do Rio de Janeiro. Gostei dessa introdução. A descrição dos takes e o domínio das técnicas simples de roteiro foram bem notados pelos meus apurados olhares. O capítulo continua numa festa dada pelo casal Beatriz e Antônio. Mais uma vez, senti falta da descrição física dos personagens. O autor até descreveu as roupas deles, mas não conseguimos saber se são altos, baixos, morenos, loiros, velhos, novos,... Não há nenhuma indicação de características físicas, exceto das vestimentas. O capítulo inteiro se desenrola na tal festa, mostrando bem todo o luxo desse casal e servindo como uma ótima apresentação dos personagens. Ficamos sabendo, por exemplo, que Beatriz provavelmente tem um caso com Marlon e que Gonzalez guarda bons segredos de Antônio. Juro que fiquei com medo dele naquela hora que ele foi barrado na porta da mansão.

Novamente, notei o domínio das técnicas de roteiro, já que o autor usa ‘‘(t)’’, ‘‘corta para’’ e outras nomenclaturas que são dispensadas por outros. Porém, apresenta mínimos, simples erros ortográficos e de digitação, como a ausência do acento agudo na palavra último na cena 9. Um capítulo muito bom, e com um final melhor ainda: Antônio é baleado na própria festa. Adorei!

Segui lendo. O segundo capítulo continua com a luta de Antônio para sobreviver ao tiro que tomou no peito. Aos poucos, vamos percebendo que Beatriz é uma vilã daquelas... Me deu mais medo do que o Gonzalez. Logo na cena 4 percebi um erro que me fez gela: ‘‘meche’’. Ah, Santa Gata do Céu, me ajude a continuar. Novamente, notei palavras sem acento, como ‘‘recepção’’. O capítulo ainda se baseia no tiro a Antônio e eis que surge um outro erro que me assusta ainda mais: ‘‘onde estava acontecendo à festa de sua esposa’’. Pra quê essa crase aí, querido? Mais para o final do capítulo, mais uma revelação: Antônio era mendigo e teve um encontro com Gonzalez, no passado. Gostei dessa revelação. Não esperava. O gancho, que traz Cássia colocando Marcos na parede, também foi bom, assim como o do primeiro capítulo.

Já estava encerrando a crítica, até que recebo uma mensagem de Vitor Abou dizendo que tinha publicado o capítulo 3 nesse domingo e era para eu incluí-lo na crítica. Minha vontade era de me rebelar e não incluir o terceiro não, mas como dependo desse salário merreca, tive que ler o capítulo 3 para comentar sobre ele. Ainda tenho minhas dúvidas sobre Beatriz. Não sei se a preocupação dela com Antônio é pura falsidade ou se ela realmente tem um pouco de amor e compaixão em seu coração. Ainda falando da vilã, mais uma vez ela se mostra bem estrategista e interesseira. Na cena 7, ela tenta convencer a filha a lutar pela herança, já que Tereza admite que seu pai vê Henri como seu sucessor na empresa. A filha de Antônio ainda diz que não se imagina no cargo e que Henri merece, deixando Beatriz furiosa.

Após conversar com Gonzalez, que atirou em Antônio, Beatriz conta a novidade para o marido, que teme que o criminoso abra o bico sobre o passado do ricaço. Assim como nos outros capítulos, mais erros de digitação... Dessa vez não quero nem enumerar aqui, porque já estou de saco cheio deles. E, no final do capítulo, Henri e Tereza se beijam. #MomentoFofura

Agora vamos para as minhas considerações gerais?! Não conhecia o trabalho do autor Fábio e me surpreendi. Achei a trama bem construída, sem furos até então. Uma história simples, sem núcleos paralelos (o que senti um pouco de falta), mas focando bem nos personagens centrais, explorando bem as situações e eles. As cenas são muito bem escritas, mostrando também o domínio básico do roteiro, algo que acho que extrema importância. Como pontos negativos, destaco os frequentes erros de digitação, que comprometeram a ‘‘beleza’’ do texto, e a falta da descrição física dos personagens.

Enfim, gostei bastante do texto e da história, porém erros de digitação e a ausência da imprescindível descrição não podem ser desconsiderados na minha avaliação, não é mesmo? Então, hoje avalio Amores Desmedidos com a nota 8,3 e saiba, querido autor, que essa é uma das maiores notas que já dei aqui no TVN, desde minha época no Sábado Show. Parabéns e espero que melhore esses errinhos simples.

 

JUJU: Semana que vem tem mais um programa imperdível. Miau!

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