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Terra Livre, ou seria, Choro Livre (das invejosas)?

 

Vocês estão bem, meus amores? Mais um dia de crítica, não é mesmo? Hoje acordei com meus irmãos miando alto. Detesto miado de gato filhote. #Cansada Como já é de costume, vamos começar o quadro com uma música. Selecionei na minha playlist a música ‘‘Rise’’ (Erguer, em português), da rainha Katy Perry. Coloquei umas legendas para facilitar:

‘‘And the vultures all start circling  E os urubus ficarem rodeando
They're whispering: You're out of time  Eles estarão sussurrando: Seu tempo acabou
But still, I rise  Mas ainda assim eu me erguerei
This is no mistake, no accident   Isso não é um erro, nem um acidente
When you think the final nail is in, think again  Quando você achar que suas garras me pegaram, pense melhor
Don't be surprised, I will still rise Não se surpreenda, eu ainda me erguerei’’

 

Acho essa música tudo a ver comigo, não acham? Quando chegam as invejosas, as recalcadas, eu dou a volta por cima e lacro ainda mais. E essa música também está bem relacionada com o título da crítica de hoje. O autor de Terra Livre, batizada por mim de Choro Livre (das invejosas), João Carvalho, vem de tramas como The Apelation (The Five) e Perigoso Taradão (Perigosa Tentação). A última criou grandes expectativas sobre o texto de Terra Livre. Vamos saber agora o que eu achei da novela do meu chefinho!

Segundo a sinopse da trama, disponível no site dela, a obra gira em torno de Helena, que vem para o Brasil, no final do século XIX, e no navio, conhece Vicente, um rapaz sonhador e que quer uma vida melhor para ele e sua mãe Chiara. No Brasil, o Barão Afonso de Leroy vive na sua fazenda, com sua governante Maria Tereza, uma mulher bem ambiciosa. Porém, Valter, pai da mocinha Helena, rouba o barão e o pagamento é entregar sua filha ao poderoso homem. Essa é basicamente a história central de Terra Livre. Cadê a lista de personagens? Cadê o elenco? Cadê o perfil dos personagens? Precisam melhorar urgentemente as páginas das tramas no Wix, pois não há informações importantes delas.

Partindo para o primeiro capítulo, logo sinto falta das descrições dos personagens. Será que não existe uma trama no TVN com descrições dos personagens? Todas as tramas criticadas nessa temporada apresentam essa ausência. Que absurdo! Não tem, mais uma vez, como saber se Vicente, Helena e Cia. são feios, gatos, cachorros, loiros, ruivos, etc. O capítulo é iniciado no Porto de Trieste, provavelmente na Itália. Aquele clima de despedida, sofrimento e esperança por uma vida melhor no Brasil é o que mais tem no início desse capítulo de estreia. Em meio a várias expressões italianas, notei diálogos muito bons. Sério, gostei bastante dos primeiros diálogos. #PontoProAutor Por causa das péssimas condições do navio, uma mulher morre, o que provoca a ira de Helena, que tenta ser acalmada por Vicente, o que gera uma relação de amor e ódio. Não vou comentar do capítulo completo porque não quero ficar mais umas duas horas aqui. No final, um tiro misterioso é disparado e alguém grita. Algo bem clichê, não acham? Mas gostei, deu um bom gancho.

Como a trama já está no capítulo 13, não vou comentar todos, porém agora vou fazer um breve resumo e comentário geral dos capítulos 2 a 10. Vicente foi a vítima misteriosa do capítulo 1 e Helena fica muito preocupada com ele. A viagem dura mais alguns capítulos, rendendo situações como Lorenzo exigindo que o comandante roube um colar caríssimo de Helena. Texto vai e texto vem, e no capítulo 6, algo começou a me incomodar. Nos outros capítulos, o espaçamento entre as frases e as cenas era ótimo, não ficava tudo grudado. No 6, não sei porquê, mas apareceu tudo junto, o que dá um cansaço na vista, não é? Surpreendentemente, não percebi erros notáveis de ortografia, digitação e roteiro. Nisso, o autor realmente mandou muito bem. Depois de tanto tempo navegando, somente no final do 8, início do 9, os italianos chegaram ao porto no Brasil. Gostei bastante dos momentos que ocorreram logo após essa chegada. Destaco a compilação de cenas feita no capítulo 9, algo que eu não estou muito acostumada a ler, mas que foi muito bom, poupando a gente de cenas bobas, logo as reunindo em um momento mais rápido. No final do capítulo 10, o último desse meu resumo, Maria Tereza chega para matar Helena, com um travesseiro, mas a enfermeira impede que isso ocorra, no capítulo 11.

No capítulo 11, Germana diz para Valter que aceitou o pedido do Barão, que quis se casar com Helena. Valter fica revoltado pela esposa ter ‘‘vendido’’ a própria filha. No capítulo 12, Vicente se mostra determinado a destruir a vida do Barão de Leroy. Nessa cena, percebi erros simples de ortografia: ‘‘encontra-lo’’ e ‘‘por que’’ dessa forma em início de frase afirmativa (era para ser porque). No final desse capítulo, Helena e Vicente estão em um barraco longe de tudo e ela arde de febre. Eles vão ao hospital e quando chegam lá, BUUU! O barão Afonso de Leroy está lá, vestido de médico.

No capítulo 13, essa cena tem continuidade. Vicente e Afonso discutem. #BrigaDeCachorroGrande Mesmo com a recomendação de um outro médico para Helena permanecer no hospital, Afonso grita com o médico e Helena é liberada. Nesse mesmo capítulo, Vicente declara guerra ao barão. #Corajoso No final do capítulo, o poderoso barão é baleado em cima de seu cavalo. #Amei #Choque

Agora vamos para as minhas considerações gerais. Queria também comentar sobre aquela abertura MARAVILHOSA. Parabéns a quem fez aquele lacre. Uma das melhores que já vi no mundo virtual. Os diálogos também foram ótimos para mim. Achei todos muito bons, bem construídos, coerentes, coesos, expressando bem as emoções desejadas. As cenas fortes foram capazes de mostrar bem a capacidade do autor de escrever cenas fortes, de emoções fortes, de brigas, barracos, sofrimento, morte, etc. #Aprovei Notei POUQUÍSSIMOS erros de ortografia, gramática e de roteiro. O autor mostrou ótimo domínio das técnicas de roteiro. Podia fazer igual ao Batman e dar um cursinho.

Uma das únicas coisas que me incomodou um pouquinho foi a demora na chegada dos italianos ao Brasil. Obviamente, eu sei que a viagem dos italianos demorou bastante por vários motivos, mas em uma obra isso pode, certamente, ser reduzido. Foram 8 capítulos dentro do navio, algo que eu não gostaria de assistir na televisão.

Apesar desse ponto, achei a trama muito boa, no geral. O autor mostrou que sabe escrever muitíssimo bem, causando inveja nas inimigas e nos inimigos, por isso batizei a trama de Choro Livre (das invejosas). Logo, dou nota 9,1 para a trama, a maior que já dei aqui no TVN. Parabéns, João Carvalho, e continue escrevendo assim e cuidado com as enrolações. Os últimos capítulos estão bem ágeis, mas as barrigas sempre perseguem os autores.

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JUJU: Obrigada pela audiência, queridos. Fiquem com esse clique divo de Katy Perry, cantando Rise.