Programa 5 - Bloco 2
JUJU MEDEIROS: Voltei, fofos e fofas. Agora é hora do show das poderosas do Unhadas e Arranhões. A trama a ser criticada hoje é Nova Era.
Nova Era, ou seria, Nova Gangue?
E aí, queridinhos da tia Juju, estão preparados para mais uma crítica? Eu estou pronta sempre para lacrar. Hoje vou falar de Nova Era, que chamarei de Nova Gangue, que terminou nesse fim de semana. Antes de qualquer coisa, vamos mexer o esqueleto com Anitta?
‘‘Se quiser jogar, vem
Mas tem que arriscar, vem
Vai ser sim ou não
Ou não, ou não, não, ou não
(...)
Tudo pode acontecer
Vai ter que pagar pra ver
Se vai rolar, se é pra valer, ou não
Pode ser só diversão’’
Comigo é assim: tenho que saber se a trama presta ou não, aí tenho que pagar pra ver, no caso, ganhar para ler. A trama de hoje, Nova Era, terminou essa semana no TVN, e foi escrita por Peterson Rangel. Ela se inicia em 2044, com o Brasil passando por uma grande revolução política, na qual os políticos atuais caem do poder e novos entram instaurando um novo modo de governar, implantando várias mudanças, como a divisão do país por setores: Norte, Sul, Leste, Oeste e Central, com governantes para cada um deles.
A trama teve 24 capítulos exibidos. Nessa crítica, falarei dos episódios 1 e 2 com maior aprofundamento, farei um breve resumo e comentários dos episódios 3 a 21, e os episódios 22 a 24 serão analisados cautelosamente por mim. Mais uma vez, não tem no site do TVN nada com o elenco da série, então parti para o primeiro castigo episódio. Como vocês bem devem saber, a trama é em literário, algo um tanto que ousado nos dias de hoje, quando só vemos tramas em roteiro no mundo virtual. #OusadiaEAlegria O episódio se inicia explicando a divisão do Brasil nessa nova era. O autor faz questão de mostrar por quais estados cada setor do Brasil é formado, e quem governa cada um deles. Até achei essa parte meio didática, um pouco cansativa, mas continuei. E mais uma vez, peço encarecidamente que o autor, assim como muitos outros do TVN, faça as descrições dos personagens. Como eu vou saber o perfil físico dele? Será que Crislan é loiro ou moreno? Será que Beatriz tem um corpão de Inês Brasil ou é magricela? Não tenho bola de cristal, então preciso das descrições para ter um melhor entendimento da história. Rapidamente notei mais um erro muito comum nos textos aqui do TVN. Aí está:
‘‘- Acontecer o que minha irmã? – Pergunta Quésia. ’’
Será que Peterson não sabe que o vocativo deve ser separado do restante da frase por uma vírgula? Acho que não sabe. Ele e mais vários outros autores do TVN. Percebi a falta de vírgula em outros momentos, com o mesmo caso: o bendito vocativo. A regência também foi assassinada com ‘‘Ao chegar no palácio...’’. Mesmo que não seja comum, gramaticalmente, o correto é: chegar AO palácio. Estou pensando em abrir um curso de regrinhas gramaticais. O que acham? E novamente, a pontuação ataca também. Na verdade, não ataca, porque não existe a pontuação nos casos que mostrarei agora:
‘‘Ela vai abrir a porta, é Tiago ele pede para que ela saia e venha...’’
Sim, queridos, essa foi uma frase escrita em Nova Era. Meio confuso, não concordam? Enfim, gostei dos diálogos, nada muito bom, mas foram aceitáveis, exceto alguns que ficaram bem confusos. O final, que mostrou Crislan e Beatriz, batendo um no outro no trem, deixando o livro cair, me fez pensar o seguinte: por que será que autores gostam tanto desse clichê? Isso tem mais tempo que Ramon Fernandes e Rynaldo Andrade no mundo virtual, então ponha tempo nisso. (Risos)
Quero ir pra balada, amores, então vou agora falar do segundo episódio. Logo na primeira fase, me choco. E vocês perguntam: por que, gatona? E eu respondo: meus amores, prestem atenção: ‘‘e pega os livros ela vai sentar...’’ Cadê a pontuação? Cadê o sentido? O gato comeu? Juro que não fui eu dessa vez.
Estou começando a achar que Beatriz e Crislan vão se pegar em algum momento dessa série. Os dois ficam discutindo igual gato e rato. Isso vai acabar em filhos namoro. No final do episódio, fiquei meio perdida, tipo barata quando jogam SBP nela. Sério, Crislan falando para a mãe que uma parte do Brasil sumiu com a tal revolução me deixou perdida. Alguém me ajuda? (Silêncio) Então, vamos passar direto para os comentários gerais dos episódios 3 a 21.
No episódio 3, destaco uma cena que me pareceu meio absurda, uma coincidência meio exagerada. Estou falando do momento que levam Beatriz ‘‘justo na hora que Crislan ia se declarar para ela’’. Ah, e nem preciso falar dos erros de vírgula, porque isso é o que mais tem, na verdade não tem, na série. Outra cena que venho destacar, mas nessa vez por ter me surpreendido foi no episódio 14, quando Beatriz quer levar Crislan para casa e ele não aceita, e vai com o seu pai. #NãoEsperava
Texto vai e texto vem, cheguei ao episódio 22. Cada vez mais fico perdida nesse texto. Sério, bebês da tia, toda essa história de revolução no Brasil, divisão do país, e todo o resto é muita viagem na cabeça de um mesmo autor, não acham? Pois eu acho. Nesse mesmo episódio, Vitor se joga na frente de Bia, que ia receber um tiro, mas que acaba em Vitor. #Defensor #CanseiDeClichê
Está acabando, queridos. Episódio 23 chegou! Logo no início, Edgar chama um monte de gente para ir ao galpão onde ele está. A viagem do autor só vai mais longe. Olhem essa frase: ‘‘O exército norte-americano começa a invadir... ’’. Ah, gente, sério? Queria ter uma criatividade assim, igual do Peterson. Mais para o final, gostei de uma coisa: o autor foi colocando quanto tempo faltava para o ataque e ia colocando os acontecimentos. Um exemplo para vocês entenderem: ‘’10 minutos para o ataque. Crislan consegue desligar o campo de força...’’ Gostei desse formato. #Aprovei E no final do episódio, o Palácio explode.
O último episódio, o 24, se inicia com Crislan saindo do prédio, já explodido. Mais um clichê. O clima de despedida toma conta do episódio, com os jovens se despedindo dos seus familiares, porém uma coisa permanece a mesma: a falta de vírgulas. Foram umas 7 frases de despedida, e em todas elas, não há vírgulas isolando o vocativo. E mais: existem outros tipos de se despedir, não só ‘‘tchau’’. No finalzinho do episódio, acho que o autor quis invadir um pouco o seriado Meia Graça (Meia Estrela) e colocou um bordão da personagem Bozena: ‘‘Cavala(o)!’’.
Diante dos meus comentários, concluo que Nova Gangue se mostrou uma trama boa, com diálogos legais, porém uma trama muito viajada, um surreal demais e que não estava tão bem explicado, exceto no primeiro episódio. Obviamente, a falta de vírgulas me incomodou MUITO porque acho que não tem um vocativo na obra que está separado por vírgulas. Como pontos positivos, destaco os diálogos, a ousadia do autor e o desenvolvimento das cenas, no geral, pois elas eram bem pensadas e desenvolvidas, apesar de seus erros.
Com tudo isso, avalio a trama com a nota 6,2. Deu para passar, já que a minha média é 6, porém espero que o autor melhore em futuros projetos, principalmente na questão da vírgula e no enredo das tramas. Miau!
JUJU: Gatinhos e gatinhas, fica por aqui o programa de hoje. Agora fiquem com Anitta e Maluma (quem é esse?) com Sim ou Não. Beijinhos e até domingo que vem. Miau!